05
nov
2013

MADRI – A Espanha é o país com a maior extensão de vinhedos do mundo (mais de 15% do total cultivado em todo o planeta) e está em terceiro lugar no ranking dos produtores, depois da Itália e da França. Rioja, Ribera del Duero, Jerez, Rías Baixas, Penedés e Priorato são suas denominações de origem mais conhecidas internacionalmente. Madri, que não tinha tradição e que, na década de 1990, contava com somente três bodegas, virou a mesa e passou a seguir a fama das outras regiões do país. Hoje há 44 vinícolas nos arredores da capital, e a área acumula, por várias destas bodegas, medalhas de ouro e prata do Prêmio Bacchus. São 12 mil hectares, nos quais se produz 3,5 milhões de litros ao ano — espumantes, brancos, rosados e tintos — que representam um faturamento de mais de € 30 milhões. Um quarto deste vinho com denominação de origem de Madri vai para fora do país, tendo Estados Unidos, Alemanha, China e Japão como os principais importadores.

Aproveitando esta entrada de Madri no mapa internacional do vinho, 21 bodegas se juntaram para fazer parte de um roteiro “a la carta” de enoturismo. As propriedades estão em diferentes municípios de três zonas vinícolas — Arganda del Rey, Navalcarnero e San Martín. Estas bodegas, por uma média de € 15 por pessoa, abrem as portas de suas instalações, guiam o turista por seus vinhedos — algumas permitem que o viajante participe da colheita e do processo de elaboração do vinho — e promovem degustações. Se o visitante estiver acompanhado de crianças, há vinícolas que organizam atividades infantis (há até degustações de sucos de uva e de balas com diferentes sabores de fruta). No site madridrutasdelvino.es vem especificado o que cada bodega oferece, e, em “Diseña tu ruta”, o visitante vai criando um roteiro que atenda suas expectativas. Se o turista não quer alugar um carro, a empresa Gourmet Madrid (gourmetmadrid.com) organiza grupos de três a 18 pessoas, que, às terças e sextas-feiras, entre as 9h30m e as 17h30m, visitam, em micro-ônibus ou vans, três bodegas (em cada uma delas se degusta, pelo menos, três tipos de vinho) e um ponto cultural por € 99. O almoço é pago à parte.

O Globo

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