02
jun
2014

MADRI — O rei da Espanha, Juan Carlos I, que viu sua imagem abalada nos últimos anos por vários escândalos, anunciou na manhã desta segunda-feira sua abdicação, depois de 39 anos de reinado, com um desejo “de renovação, de superação e de corrigir erros”. Na terça-feira, o Conselho de Ministros se reunirá para dar andamento ao processo sucessório, que exige a aprovação de uma lei orgânica, o qual levará ao trono o príncipe de Astúrias, Felipe de Borbón. Especula-se que o monarca tenha renunciado devido a uma combinação de fatores que envolvem problemas de saúde, escândalos de corrupção na realeza e baixa popularidade.

— Decidi colocar fim ao meu reinado e abdicar da coroa da Espanha — afirmou Juan Carlos em um breve pronunciamento ao vivo na TV espanhola, ressaltando “um impulso de renovação, de superação e de corrigir erros”, pelo qual “hoje uma geração mais jovem merece passar à primeira fila”. — Quero o melhor para a Espanha, a qual me dediquei a vida inteira. Meu filho encarna a estabilidade e tem a maturidade e a preparação necessárias para assumir com plena garantia.

De acordo com o jornal “El Mundo”, citando fontes do palácio real, o rei tomou a decisão de abdicar em janeiro depois de completar 76 anos. Mais tarde, em março, ele comunicou tanto ao presidente do Governo, Mariano Rajoy, quanto ao líder da oposição, Alfredo Pérez Rubalcaba.

A abdicação foi anunciada primeiramente por Rajoy. Em uma histórica declaração institucional (não foi entrevista coletiva, aberta a perguntas) convocada com urgência, o presidente do Governo disse esperar dos espanhóis serenidade, tranquilidade e agradecimento ao monarca. Ele afirmou que “em breve” o atual príncipe Felipe de Borbón, de 46 anos, será proclamado rei com o nome de Felipe VI.

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